As 5 estratégias para atingir os objetivos estabelecidos
Uma vez tendo estabelecido os objetivos, sendo estes específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e sensíveis ao tempo, agora é altura de fazer um plano para os atingir.
Devagar se vai longe– Os novos hábitos não se criam da noite para o dia e por isso é importante fazerem um plano com vários passos pequenos que terão de dar para atingir o objetivo. É considerado bastante normal haver alguma dificuldade em alterar hábitos que fazem parte da nossa rotina há anos. Por exemplo, imaginem que não fazem atividade física quase nenhuma e estabelecem o objetivo de ir ao ginásio todos os dias. Penso que este objetivo não seja muito realista o que resultará em frustração e desistência poucos dias depois de se começar. Será melhor estabelecerem que querem passar de 0 dias de ginásio por semana para 2. Quando os 2 dias já fizerem parte da rotina, então aumentar para 3, e assim por diante.
Acompanhar o progresso– É muito importante arranjarem uma forma de acompanhar o progresso que estão a fazer para atingir os objetivos. Nem toda a gente gosta de escrever em diários e fazer grandes anotações, contudo, esta é uma estratégia que permite manter a motivação durante o percurso. Não é obrigatório ser um diário ou uma nota no telemóvel. O que funciona para um pode não funcionar para outro. No entanto, é importante ir relembrando onde se começou, onde se está atualmente e onde se quer chegar, e este acompanhamento permite visualizar isso.
Paciência– Como já disse no post sobre As 5 regras para estabelecer objetivos realistas[link], os objetivos devem ser sensíveis ao tempo. Ou seja, se querem cumprir algo até Março, mas, entretanto, acontecem uma série de situações inesperadas na vossa vida e não conseguem, não desistam pois não é o fim do mundo. E se falharem em algo por completo, comecem outra vez. Se houve um dia que correu mal, não se martirizem. Imaginem que estabeleceram ir ao ginásio todas as Segundas, Quartas e Sextas e por acaso na Quarta não conseguem – não se sintam horrivelmente mal. É bom assumir que não se conseguiu e ter um pensamento positivo para o futuro, do género “não consegui mas vou tentar amanhã”. Tentem ir Quinta e se não conseguiram, tudo bem. Nessa semana foram 2/3 vezes (assumindo que depois foram na Sexta). Se virem que em todas as semanas se torna difícil ir 3 vezes, então o objetivo se calhar não é realista e precisam de o alterar.
Pensamento positivo– O pensamento e atitude positiva para com o progresso é o que resulta quando tudo o resto falha. Ou seja, todos sabemos que existem dias piores do que outros e que nos piores se está mais suscetível a ter pensamentos negativos, que podem levar a uma atitude autodestrutiva comprometendo o sucesso a curto-prazo do objetivo estabelecido. Para terem um pensamento e atitude positiva relativamente aos objetivos, sugiro que através do acompanhamento do progresso, vão dando uma palmadinha nas costas pela progressão na concretização dos mesmos e outra palmadinha nas costas por sermos todos humanos e tudo menos perfeitos.
Voltar atrás e ajustar os objetivos– Não se sintam mal por reajustarem o objetivo à realidade do vosso estilo de vida. É normal que quando se quer fazer algo diferente e positivo, se pense em grandeza, contudo, isto muitas vezes acaba por ser pouco adequado às rotinas do dia-a-dia. Imaginem que estabeleceram fazer meditação todos os dias de manhã durante 30 minutos. Imaginem que 5/7 dias são interrompidos pelos filhos, trabalho, animais de estimação, etc. Isto não é um fracasso nem são vocês a falhar. Isto prova que o objetivo não é realista e que têm de o alterar para 15 minutos em vez de 30, por exemplo. Não é “errado” perceberem que estabeleceram um objetivo irrealista nem é preciso desistir completamente do mesmo, mas sim torná-lo acessível. Se durante os próximos meses não conseguem atingir o “grande” objetivo na sua totalidade, ao menos já fizeram algum progresso para o atingir em alguma altura no futuro. Isso já é uma vitória!
Por fim, é muito normal haver recaídas quando se está a mudar um hábito e não há mal nenhum nisso. Aliás, os pensamentos negativos que acompanham as recaídas podem ser os verdadeiros responsáveis pela desistência dos mesmos. Por exemplo, imaginem que estabeleceram comer 1 quadrado de chocolate preto todos os dias depois do jantar (ou nos dias em que apetece) e imaginem que certo dia comem 2, ou até comem uma fatia de bolo de chocolate. Não é o fim do mundo… Se em 10 dias de respeitar o novo hábito, recaíram para o antigo ou não respeitaram o novo a 100%, NÃO HÁ PROBLEMA. Esse 1 em 10 torna-se a exceção e não a regra, logo, não há razões para o 11º dia ser uma tragédia, como se verifica muitas vezes neste percurso de alteração de hábitos. É preciso ter paciência connosco próprios e respeitar que somos seres humanos com necessidades e desejos e não faz mal honrar isso. E nestes dias em que se foge um bocadinho “ao que é suposto” é importante relembrar que já houve progresso até aqui e que a vida não é uma linha estreita, mas sim um presente com muitas voltas e cambalhotas.
Artigo escrito por Leonor Tavares Costa. Acompanhe o trabalho da Leonor aqui.