Alimentação e diabetes tipo II

alimentação e diabetes tipo 2

Alimentação e diabetes tipo II

A ocorrência da patologia diabetes tipo II tem vindo a crescer exponencialmente, o que gera uma preocupação na comunidade da saúde.

obesidade, inflamação e o estilo de vida sedentário são fatores de risco associados às diabetes.  Inúmeros estudos relacionam a circunferência da cintura aumentada com o risco elevado de vir a ter diabetes.

Consecutivamente, a presença de diabetes no nosso organismo pode contribuir para a ocorrência de outras doenças, caso não sejam controladas.

Neste momento é considerada a sétima causa de morte mundial, podendo levar a cegueira, falha renal, ataques cardíacos, enfartes e amputação de membros.

Mas será que as diabetes tipo II podem ser reversíveis ou devemos apenas focar-nos na redução do risco?

Antes de mais, na medicina existem dois termos: cura e remissão. A cura implica uma restauração da saúde, enquanto a remissão é definida por uma redução ou desaparecimento dos sinais e sintomas da doença.

Quanto à doença diabetes pode verificar-se uma remissão parcial ou uma remissão total. Estes parâmetros envolvem a ausência de medicação especifica para a doença e níveis de glucose sanguínea normais por um ou mais anos, o que leva à existência de bem-estar, no entanto, não se pode afirmar que haja uma cura para a condição.

Uma dieta direcionada para o tratamento da doença, uma redução de peso e intervenções a nível do estilo de vida podem ser suficientes para uma redução do risco ou remissão

Atenção! Apesar de não se poder afirmar que haja uma cura para a diabetes do tipo II, a remissão pode durar até ao resto da vida, ou seja, o risco de a doença voltar continua presente, mas a doença permanece ausente.

Torna-se importante manter um peso dito saudável de forma a evitar acumulação de gordura (mais especificamente os ácidos gordos saturados) no fígado e pâncreas. Desta forma, evita-se a presença de insulinorresistência e por sua vez o aumento da glicose sanguínea.

Quanto à dieta, os hidratos de carbono estimulam a libertação de insulina, a gordura tem um efeito mínimo e as proteínas estimulam um pouco a libertação de insulina, mas também de glucagon, o antagonista da insulina. Quanto aos hidratos de carbono é preciso ter em atenção se são refinados ou processados, pois esses não trazem o benefício que é preciso. 

Há quem opte pelo jejum intermitente ou um tempo de ingestão restrito de forma a reduzir os níveis de insulina. Demora-se cerca de 8-10h para o organismo utilizar as reservas de glicogénio, depois o corpo começa a “queimar” gordura e os níveis de insulina começam a baixar. Por esta razão, às vezes aconselha-se um jejum de 12h durante a noite.

Geralmente é-se aconselhado a remover comidas com açúcares escondidos e adicionados, escolher os vegetais e fruta com menores níveis de glucose e índice glicémico, optar por hidratos de carbono não refinados, aumentar a ingestão de fibra e incluir alimentos ricos em ómega-3, tais como as leguminosas, as sementes e os frutos secos.

É importante ter atenção aos níveis de vitamina D, C, biotina, tiamina e crómio (capaz de reduzir a necessidade de consumir doces) pois os diabéticos costumam ter carências destes micronutrientes.

Outros fatores importantes que podem contribuir para o aparecimento de diabetes e que estão incluídos no estilo de vida são: o sono e o stress.

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Artigo escrito por Inês Simões Alves (3671NE), Nutricionista Estagiária

Referências bibliográficas

(2022). Diabetes risk reduction. Nutrition I-Mag, march/april, pp. 22-27.

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