Afinal tem celulite ou flacidez

celulite

Afinal tem celulite ou flacidez

Afinal tem celulite ou flacidez ? Já tinha pensado nisto desta forma? Em muitos casos confundimos as duas e quero que perceba bem a diferença para saber como atual tanto a nível de alimentação como de tratamentos estéticos ou cuidados cosméticos.

A celulite e a flacidez são dois problemas estéticos comuns que afetam muitas pessoas, principalmente mulheres. Embora ambas possam estar relacionadas à aparência da pele, elas têm causas, características e abordagens de tratamento distintas.

A celulite é uma alteração na textura da pele que ocorre devido ao acúmulo de gordura subcutânea, líquidos e toxinas nas camadas mais profundas da pele. Esta manifesta-se como irregularidades na superfície da pele, com aspecto de “casca de laranja” ou “furinhos”. (1,2) A celulite pode ocorrer em áreas como coxas, quadris, nádegas e abdómen. (2) Vários fatores podem contribuir para o seu desenvolvimento, incluindo:

  • predisposição genética,
  • desequilíbrios hormonais,
  • estilo de vida sedentário,
  • má alimentação,
  • retenção de líquidos,
  • circulação sanguínea comprometida. (3)

Sabia que existem graus diferentes, cada um com suas características específicas? (2,3)

  • Grau I – sem sinais e sintomas e apenas detetada ao microscópio;
  • Grau II – a pela fica mais pálida e com menos elasticidade;
  • Grau III – rugosidade visível na pele;
  • Grau IV – as mesmas características que no grau III, mas com mais nódulos e consequentemente mais rugosidade evidente.

Para além da identificação por graus da celulite, esta também pode ser classificada por tipo: (4)

  • Celulite Adiposa 

A celulite adiposa é caracterizada pela acumulação de gordura nas camadas mais profundas da pele. Geralmente afeta pessoas com excesso de peso ou sedentárias.

  • Celulite Fibrosa

A celulite fibrosa é caracterizada pela formação de nódulos fibrosos, ou seja, caroços abaixo da pele e que podem causar desconforto e dor. Geralmente é encontrada em áreas como coxas, glúteos e abdómen. Além de uma alimentação saudável, a prática de exercícios de fortalecimento muscular, massagens de libertação miofascial e tratamentos estéticos como a endermologia podem ser eficazes.

  • Celulite Edematosa

A celulite edematosa é caracterizada pela retenção de líquidos e pode causar inchaço e sensação de peso nas pernas. É comum em pessoas com problemas circulatórios ou que levam uma vida sedentária. Para tratar esse tipo de celulite, é importante adotar medidas que melhorem a circulação sanguínea, como praticar exercícios físicos regularmente e evitar o uso de roupas apertadas. Além disso, uma alimentação rica em alimentos diuréticos, como melancia, pepino e chá verde, pode ajudar a reduzir o inchaço.

  • Celulite Mista

A celulite mista é uma combinação dos tipos de celulite mencionados anteriormente. Ela pode apresentar características da celulite adiposa, fibrosa e edematosa em diferentes graus. Para abordar esse tipo de celulite, é necessário adotar uma estratégia abrangente, que inclua uma alimentação equilibrada, exercícios físicos regulares e tratamentos estéticos específicos, de acordo com as características predominantes.

Conhecer os diferentes tipos de celulite é fundamental para adotar uma abordagem de tratamento adequada e uma das mais importantes é a alimentação.

Para tratar a celulite, é recomendado adotar uma abordagem multifacetada com:

  • massagem,
  • drenagem linfática,
  • laser,
  • exercícios físicos específicos,
  • alimentação funcional direccionada para redução da inflamação e redução da massa gorda (1)

É importante aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais e cereais integrais, para auxiliar na eliminação de toxinas e melhorar o funcionamento do sistema linfático. Beber bastante água também é fundamental para manter a hidratação e ajudar na eliminação de toxinas. Reduzir o consumo de alimentos processados, gorduras saturadas e açúcares refinados pode ajudar a diminuir o acúmulo de gordura e melhorar a aparência da pele. (4,5)

flacidez

Por outro lado, a flacidez é a perda de firmeza e elasticidade da pele, resultando num aspecto frouxo, caído e menos tonificado. Pode ocorrer em diversas partes do corpo, como braços, pernas, abdómen e rosto. A flacidez pode ser causada por fatores como:

  • envelhecimento,
  • perda de peso rápida,
  • falta de exercício,
  • exposição excessiva ao sol,
  • diminuição da produção de colagénio e elastina, proteínas responsáveis pela sustentação e elasticidade da pele. (6,7)

A alimentação desempenha um papel fundamental na melhoria da qualidade da pele afetada pela flacidez. Consumir alimentos ricos em proteínas, como carnes magras, peixes, ovos, leguminosas e laticínios, auxilia na produção de colagénio e elastina. Além disso, alimentos ricos em antioxidantes, como frutas e legumes coloridos (frutos vermelhos, kiwi, laranja, cenoura, pimento vermelho, abóbora, espinafre) podem ajudar a proteger a pele contra os danos causados pelos radicais livres, melhorando assim a sua elasticidade. (8–13)

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Sabia destas diferenças? Afinal tem celulite ou flacidez?

Para tratar a celulite, uma dieta equilibrada, rica em fibras e uma hidratação adequada auxiliam na eliminação de toxinas e na redução do acúmulo de gordura. Para a flacidez, uma alimentação rica em proteínas e antioxidantes ajuda a fortalecer a pele e melhorar sua elasticidade. Em ambos os casos, é essencial combinar uma abordagem alimentar saudável com outras medidas de tratamento específicas para obter os melhores resultados.

Gostou deste artigo? Ouça o episódio do meu podcast sobre celulite.

Sabia que na clinica onde damos consultas, a Ousia Clinic, tem uma série de tratamentos estéticos à disposição para tratar a celulite e flacidez?

Referências

1. Bass LS, Kaminer MS. Insights Into the Pathophysiology of Cellulite: A Review. Vol. 46, Dermatologic surgery : official publication for American Society for Dermatologic Surgery [et al.]. NLM (Medline); 2020. p. S77–85. 

2. Luebberding S, Krueger N, Sadick NS. Cellulite: An Evidence-Based Review. Vol. 16, American Journal of Clinical Dermatology. Springer International Publishing; 2015. p. 243–56. 

3. Beatris A, Rossi R, Luiz Vergnanini A. Cellulite: a review Concept and nomenclature. 2000. 

4. Löberbauer-Purer E, Meyer NL, Ring-Dimitriou S, Haudum J, Kässmann H, Müller E. Can alternating lower body negative and positive pressure during exercise alter regional body fat distribution or skin appearance? Eur J Appl Physiol. 2012 May;112(5):1861–71. 

5. Agata JN, Orino TM, Aito MS. Effects of Dietary Angelica keiskei on Serum and Liver Lipid Profiles, and Body Fat Accumulations in Rats. Vol. 53, J Nutr Sci Vitaminol. 2007. 

6. Hwang JA, Park H, Na YJ, Lee HK, Lee JH, Kim YJ, et al. Coumestrol Down-Regulates Melanin Production in Melan-a Murine Melanocytes through Degradation of Tyrosinase. Vol. 40, Biol. Pharm. Bull. 2017. 

7. Serhan M, Sprowls M, Jackemeyer D, Long M, Perez ID, Maret W, et al. Food & Function. In: AIChE Annual Meeting, Conference Proceedings. American Institute of Chemical Engineers; 2019. 

8. Telang P. Vitamin C in dermatology. Indian Dermatol Online J. 2013;4(2):143. 

9. Johner K, Neto CFG. Análise dos fatores de risco para o envelhecimento da pele: aspectos nutricionais / Analysis of risk factors for skin aging: nutritional aspects. Brazilian Journal of Health Review. 2021 May 7;4(3):10000–18. 

10. Genovese L, Corbo A, Sibilla S. An Insight into the Changes in Skin Texture and Properties following Dietary Intervention with a Nutricosmeceutical Containing a Blend of Collagen Bioactive Peptides and Antioxidants. Skin Pharmacol Physiol. 2017 Jun 1;30(3):146–58. 

11. Garre A, Narda M, Valderas-Martinez P, Piquero J, Granger C. Antiaging effects of a novel facial serum containing l-ascorbic acid, proteoglycans, and proteoglycan-stimulating tripeptide: Ex vivo skin explant studies and in vivo clinical studies in women. Clin Cosmet Investig Dermatol. 2018 May 30;11:253–63. 

12. Muzumdar S, Ferenczi K. Nutrition and youthful skin. Clin Dermatol. 2021 Sep 1;39(5):796–808. 

13. Erome Asserin J, Lati E, Shioya T, Prawitt J. The effect of oral collagen peptide supplementation on skin moisture and the dermal collagen network: evidence from an ex vivo model and randomized, placebo-controlled clinical trials. Vol. 0, Journal of Cosmetic Dermatology. 2015. 

14. Luebberding S, Krueger N, Sadick NS. Cellulite: An Evidence-Based Review. Vol. 16, American Journal of Clinical Dermatology. Springer International Publishing; 2015. p. 243–56. 

15. Beatris A, Rossi R, Luiz Vergnanini A. Cellulite: a review Concept and nomenclature. 2000. 

16. Rawlings A V, Rawlings A V. Cellulite and its treatment. Vol. 28, International Journal of Cosmetic Science. 2006. 4. Maria Nunes Salgado Reis dos Santos 17, Daud Sarruf F, Santana Balogh T, Aparecida Sales de Oliveira Pinto C, Mary Kaneko T, Rolim Baby A, et al. Arquivos Brasileiros de Ciências da Saúde. Vol. 36.

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